segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Viagem a MG - 6.Dia - 11/11/2012 - Tiradentes e Bichinho

+A +/- -A
O dia começou com o belo café da manhã. Pãozinho de queijo, bolo de fubá, bolo de milho com coco, sucos, biscoitos da região. As fotos falam melhor.



Por volta das 08:30 hs, eu e o Paulo pegamos as motos e fomos em direção a Tiradentes. O Possani e a Cris resolveram ir de Trem (Maria Fumaça), e voltar de ônibus. Ao invés de irmos pela BR, resolvemos pegar a estrada velha, que fazia parte da Estrada Real.  O calçamento é de paralelepípedo, e a distância até Tiradentes por esta estrada é de aproximadamente 13 km. No caminho passamos pela cachoeira do Bom Despacho, que fica no município de Santa Cruz de Minas. Lá existe um dos marcos antigos da Estrada Real. Durante o caminho o sol apareceu.

Marco Estrada Real município de Santa Cruz de Minas

Marco antigo da Estrada Real

Cachoeira Bom Despacho ao Fundo

Divisa de município
Por volta das 09:15 chegamos a Tiradentes. O calçamento é de paralelepípedos, sendo que em todo centro histórico ele é de pedras irregulares, o que dificulta muito o trânsito tanto para carros como motos.
Deixamos as motos na praça central, passamos na Secretaria de Turismo, falamos com a Sueli que foi muito atenciosa, fornecendo mapa turístico e dando algumas dicas por onde deslocar-se.

Praça centro histórico

Charretes utilizadas para passeios pela cidade. Atente para as pedras do calçamento

Praça Centro histórico

Praça centro histórico, cercada de bares, restaurantes e lojas de artesanato.

Começamos a caminhada subindo a rua Direita, e passando por diversas lojas de artesanato, até chegar a Igreja de São João Evangelista, construída em 1760.









Na frente da Igreja, fica uma estátua em homenagem a Tiradentes, que aqui nasceu. Ao lado da Igreja está o Museu Padre Toledo. O prédio pertenceu ao Padre Carlos Correa Toledo e Melo, e foi lá que ocorreu a primeira reunião dos inconfidentes, em 1788.



Seguindo, chegamos a Igreja Matriz de Santo Antônio, cuja construção iniciou em 1710, no local onde antes existia uma pequena capela bandeirante, que foi a primeira matriz da comarca do Rio das mortes. É uma das mais bela igrejas de arte barroca de Minas Gerais. Dos dois lados e atrás existe um cemitério.




Descemos a rua da Câmara, passando pela própria Câmara Municipal, Sobrado Ramalho, indo em direção ao Chafariz de São José, cuja água pode ser ingerida sem problemas.

Câmara Municipal
Sobrado Ramalho
Mais um busto de Tiradentes
Vista da Rua Direita
Desci toda a rua, com uma garrafa plastica vazia na mão, pois não achei nenhuma lixeira. Ao chegar ao chafariz, visualizei uma, mas infelizmente não tinha fundo. Este parece ser mais um dos descasos que os prefeitos cometem com nossas cidades históricas. No chafariz, pudemos novamente visualizar isto, pois o mesmo encontra-se muito atirado, com limo e sujeira. Uma simples lavada com um jato, resolveria, mas pareçe que não existe tempo para isto. Comentei isto no posto da secretária de turismo, e um funcionário que estava atirado em um sofá, teve o desplante de dizer que a culpa era da população que não cuidava. Realmente é a população e os turistas que colocam o limo nos monumentos, ou que apodrecem as lixeiras, e que não as colocam nas ruas. Este descaso já vimos em São João Del Rei e agora em Tiradentes.



Fomos em direção a Igreja das Mercês, de estilo rococó, que foi construída no século XVIII, e está localizada no largo das Mercês, bem próximo ao centro histórico. No caminho passamos por lojas de doces geniais. Pena que de moto, não tem como carregar.




Voltamos ao centro histórico, após conversar com outros turistas e descansar um pouco, pegamos as motos e fomos até a capela de São Francisco de Paula, que fica em uma elevação com uma bela vista de Tiradentes. Esta capela está aparentemente em  estado de abandono, com janelas com tapume e cavalos soltos a sua frente.



Da capela, fomos em direção ao distrito de Bichinho, município de Prados, que fica a 7 km do centro de Tiradentes. Queríamos conhecer e almoçar no restaurante Tempero da Angela, que é considerado  com um dos melhores restaurantes de comida típica em fogão a lenha.  No caminho passamos pela estação de trem, sendo que coloca abaixo inclusive uma foto da Cris, mostrando o processo de rotação da locomotiva.




No caminho para Bichinho passamos por paisagens magnificas, como a que está abaixo, assim como por diversas lojas de artesanato em madeira e madeira de demolição. O distrito é famoso por isto.


Por volta das 12:45 chegamos ao restaurante. Estava bastante movimentado.




O restaurante trabalha com comida típica mineira, feita em panela de ferro. As pessoas servem-se na própria cozinha, onde estão sendo preparados os pratos. Quando lá chegamos, a própria Dona Angela estava ao fogão. Ficamos sabendo que a filha dela está indo estudar em Porto Alegre. O  cardápio era composto de: Arroz branco, frango com quiabo (que estava sensacional), torresmo, mandioca, mandioca frita, angu, ervilha torta, xuxu, massa, pernil porco, canjiquinha com costelinha, repolho com carne de boi, batata baroa, tutu mineiro, purê de batata, feijão tropeiro, couve refogada, vagem, galinha ao molho pardo, frango oraponovis (erva com as folhas parecidas com pitanga), abobora madura, farofa, saladas de pepino, cenoura, beterraba, tomate, alface, salada de frutas. Como sobremesa, queijo branco mineiro, goiabada cascão, rapadura e doce de leite.







Preparo  do frango oraponovis
É simplesmente impossível, não repetir. A sobremesa com o queijo minas, uma goiabada cascão caseira e o doce de leite bem clarinho, são de matar. Tudo isto por R$ 18,00. Andando na região, não deixe de passar lá. Fica na rua Deputado José Bonifácio Filho, 64, Bichinho, Prados - MG. O telefone é (032) 3353-7010 e o email temperodaangela@hotmail.com.

Retornamos a Tiradentes, onde encontramos o Possani e a Cris a sobra de um bar, e como ele ia voltar de ônibus, pode tomar aquela cervejinha gelada. Nós ficamos na água. Por volta das 15:30 hs, o Possani foi para pegar o ônibus, e nós retornamos a São João del Rei pela Br 265. Uma coisa interessante, é que todos dizem que a distãncia entre Tiradentes e São João del Rei pela BR é de 15 Km. Eu marquei no odômetro da moto e deu 24 Km.

No caminho de volta, o Paulo quis parar em uma confeitaria que dizia ter o verdadeiro rocambole da Lagoa Dourada (cidade no caminho para Congonhas que é conhecida pelo rocambole), para fazer o café da tarde.
Como eu ainda estava sentindo o almoço, fiz apenas companhia. 


Pegamos uma pancada de chuva bastante forte no caminho, mas chegamos novamente com sol.


Na pousada tomamos chimarrão, e encerramos a noite com pizza. Amanhã a tarde nos deslocaremos para Congonhas.


Um comentário:

  1. (tio) Sérgio, estou amando ver as fotos de todos esses lugares que por tantas vezes estudei nas minhas aulas de história da arquitetura no Brasil.
    Estou viajando junto contigo a cada dia!

    ResponderExcluir

Comentários ofensivos ou que a meu critério não sigam as regras deste blog, serão retirados. Obrigado