Começamos o dia com um ótimo café da manhã. Suco, frutas, iogurte, diversos biscoitos, pão de queijo, bolo, quatro variedades de pão, queijo , presunto, queijo minas, chá, chocolate.
Pegamos as motos e nos dirigimos a Ouro Preto, por dentro, passando pela Mina de passagem, onde iremos amanhã. Chegamos a Ouro Preto na Praça Tiradentes. Conseguimos local para estacionar ao lado do Museu da Inconfidência, que só abre a partir do meio dia. A chuva nos acompanhava desde a saída de Mariana, e em Ouro Preto, foi a vez da neblina, que não permitia uma boa visibilidade.
Fomos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que fica praticamente ao lado do Museu da Inconfidência, e que foi construída no período de 1766 a 1776, em estilo Rococó. Foi projetada pelo pai do Aleijadinho. Possui uma segunda porta, chamada de para vento, que era para impedir que o vento apagasse as velas. Nesta Igreja estão as últimas obras do Aleijadinho em Ouro Preto, que são a fachada, e os altares laterais de São João Batista e de Nossa Senhora da Piedade.
Igreja Nossa Senhora do Carmo |
Altares na lateral direita |
Altares na lateral esquerda |
Altar principal, na capela mor |
Na capela mor, existem painéis de azulejo, que podem ser observados na foto acima. A entrada na Igreja custa R$ 2,00 que segundo o dizer são destinados a manutenção, mas esta parece que a muito tempo não é feita. As placas na frente da igreja são simplesmente impossíveis de serem lidas.
Como o tempo estava começando a melhorar, tiramos mais algumas fotos na Praça Tiradentes e fomos até a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia.
Museu da Inconfidência |
Museu de Ciência e Técnica no lado oposto da Praça Tiradentes |
Casario na Praça Tiradentes |
Praça Tiradentes com o monumento a Tiradentes e o Museu da Inconfidência ao Fundo |
Vista da Igreja de São Francisco de Paula |
Próxima igreja foi a São Francisco de Assis, que fica em frente a feira de artesanato de pedra sabão e que o ingresso custa R$ 8,00. É do período rococó e reúne obras do Aleijadinho e de Manuel da Costa Ataíde.
Cemitério ao lado da Igreja de São Francisco de Assis |
Almoçamos no restaurante Forno de Barro, na Praça Tiradentes 54. Buffet livre de comida típica mineira, pelo preço de R$ 15,00.
Após o almoço fomos ao Museu da Inconfidência, que abre ao meio dia. Ingresso a R$ 8,00. O Prédio do museu originalmente abrigava a cadeia no térreo e a Câmara no primeiro piso. Não sou de museus, mas acredito que este vale a pena, por contar um pouco da nossa história. Na entrada você tem deixar máquinas fotográficas, bolsas e casacos em um guarda volumes, pois não pode entrar com nada. A entrada é bastante confusa, misturando quem entra com quem está indo para o andar de cima. Merecia um pouco mais de organização.
Aqui ficamos conhecendo a origem da expressão "Lavar a égua", que tem o significado de "se dar bem". Ocorre que na época da extração de ouro das minas, o ouro depois de transformado em barras, era carregado em cavalos, e as barras iam roçando nos animais, deixando ali pó de ouro. Os escravos então pediam para lavar os animais,e ficavam com este ouro.
Do museu fomos até a igreja de Nossa Senhora da Conceição, que fica basicamente a duas quadras da Mina do Chico Rei.
Deste ponto, o Possani e a Cris retornaram a pousada, enquanto eu e Paulo fomos até a Mina do Chico Rei, já de moto.
Esta mina é tem aproximadamente 80 Km de extensão, somando-se todas as suas galerias, e estende-se por baixo de toda Ouro Preto. O ingresso custa R$ 10,00, só que eles não dizem que para chegar nas tais galerias principais, você terá que andar basicamente agachado por perto de 100 metros. Desistimos no meio do caminho, assim como um casal de namorados que estava junto.
Considero falta de repeito por parte dos proprietários da mina. Comentei com o responsável que ele deveria devolver pelo menos parte do ingresso, mas foi tempo perdido. Quando saiamos, outras quatro pessoas perguntavam ao encarregado como era. Alertei para o fato, e eles desistiram. Não devolveu meu ingresso, mas não vendeu outros quatro.
Nossa próxima parada foi a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, inaugurada em 1733, abriga o museu de Arte Sacra de Ouro Preto. Ingresso a R$ 8,00. Para chegar lá descemos algumas ladeiras em pedras irregulares (calçamento da época) e e com grande inclinação. O retorno fizemos por outro caminho.
Como já estávamos cansados, e tínhamos visitado os principais pontos (existem muitos outros locais de interesse), resolvemos retornar a Mariana.
Eu diria que se você quiser conhecer os principais pontos e igrejas, e estiver disposto a caminhar bastante, um dia é suficiente. Agora se quiser ver todas as igrejas e todos os demais pontos turísticos, programe dois dias.
Já na pousada, aproveitamos o chá das cinco, que é oferecido incluso na diária. Chá, biscoitos, broa, bolo de fubá quentinho e torradinhas.
O Paulo trocou o café com leite de todo dia, pelo chá com fubá.
O mais bizarro da viagem até agora, aconteceu a noite, quando saímos para jantar. Entramos em uma cervejaria, veja bem, cervejaria. O Possani e a Cris pediram um prato de peixe que estava no cardápio e eu e o Paulo, batata frita. Pedimos um cerveja Original. Quando a garçonete trouxe a cerveja, disse que o peixe tinha acabado (eram 8 horas da noite) e largou dois copinhos de buteco de morro para a cerveja. Pedi que ela trocasse, e trouxesse ou dois copos tulipa nos quais era servido o chope ou um estilo de taça que era utilizado para os refrigerantes.
Qual não foi nossa surpresa, quando uma pessoa apresentou-se a mesa como sendo o dono do restaurante, dizendo que eles só serviam cerveja naqueles copinhos. Pedimos que abrisse uma exceção, mas ele disse que era regra e isto acontecia por que as pessoas que tomavam cerveja roubavam os copos.
Ou seja, ele estava nos chamando de ladrões. Disse a ele que podia ficar com a cerveja e com os copos, pois não iriamos ficar ali.
O nome deste local que tem a coragem de intitular-se "cervejaria" é a Cervejaria Mariana Grill, que fica na Praça Gomes Freire. A desculpa é tão esfarrapada, pois quem bebe chope não rouba, assim como quem bebe refrigerante, pois nestes casos o copo pode ser outro.
Andando por lá, tome cuidado. Isto infelizmente comprova o despreparo de nossas cidades históricas para com o turismo, e isto temos visto bastante em nossa viagem.
Fomos ao Restaurante Casarão, quase em frente e fomos muito bem tratados, com uma cerveja gelada e em copos tulipa. A troca foi ótima.
Cervejaria que considera os clientes que bebem cerveja como ladrões |
Amei a foto das jaboticabas!!
ResponderExcluirOlá, vi as postagens que vc fez e me interessei em ir visitar Ouro preto, vi outros lugares pelos quais vc passou e somente neste você não mencionou o nome da pousada,me cadastrei no seu blog para receber suas atualizações gostaria que você mencionasse o nome da pousada que ficou em Ouro preto!Parabéns pela iniciativa de disponibilizar opiniões e sugestões sobre os lugares pelos quais passou.
ExcluirDesde já,agradeço!
Nós não ficamos hospedados em Ouro Preto. Nossa opção foi ficar em Mariana que é bem próximo, e de lá fazer a cobertura de Ouro Preto.
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