Atacama/Machu Picchu - 6.dia - 19/09/2013 - De Cafayate a Salta

Tomamos o café padrão argentino no hotel, e enquanto arrumávamos as motos, nos despedimos de nossos amigos Idelfonso e Gabriela.

Saímos do hotel por volta das 09:30 e fomos abastecer e calibrar os pneus. Adivinha se conseguimos, tinha faltado luz e não funcionava nada. Na saída, já em direção a Salta tinha outro posto. Lá chegamos e adivinha... sem luz. Como o próximo posto estava a 120 Km e ninguém podia garantir que teria gasolina, resolvemos que ficaríamos no posto até a luz voltar. Assim que resolvemos isto, a luz voltou.

Ao abastecer a minha moto, a grande surpresa positiva do dia: tinha feito 35 Km/litro desde o último abastecimento, e isto graças ao fato de ter colocado no tanque algo em torno de 6 litros de gasolina Premium (98 octanas).

Já na calibragem, novo parto. Apesar do aparelho não ser tão arcáico quanto o de Charata, também tinha duas mangueiras, uma para medir e outra  para calibrar. Quem disse que conseguia medir o pneu traseiro, pois a ponteira que encaixa no ventil era muito comprida e não encaixava direito. Depois de 15 minutos, sucesso na empreitada. O Paulo desistiu de calibrar.

Pegamos a 68 e logo começaram as paisagens sensacionais.
Para ter uma idéia, um trecho de aproximadamente 60 Km, levamos algo em torno de 2:30 hs, de tanto que parávamos para fotografar.

Esta região é conhecida com a Quebrada das Conchas, e tem diversos locais famosos, tais como:

Los Colorados

Tres Cruces que fica a 41 Km depois de Cafayate, mas que resolvemos não parar.

Garganta do Diabo, que fica a 46 Km de Cafayate.

Anfiteatro que fica a 46,5 Km de Cafayate.

Independente destes locais, todos os primeiros 60 Km são simplesmente magnífícos, principalmente para nós que não estamos acostumados com esta paisagem selvagem e desértica. O interessante é que não existe praticamente nenhuma vegetação, possivelmente em função da altitude.

Por volta das 12:30 paramos na Posta de Las Cabras, para um lanche, que foi um sandwich de lomo de cerdo com queijo de cabra (o queijo era excelente). Neste local encontramos um casal de motociclistas chilenos que estavam vindo do Atacama em duas motos. Conversamos um pouco e eles nos disseram que sairam de lá no final da semana passada e que estava muito frio. Alertaram para o problema de combustível no norte da Argentina, já que tanto em Susques como em Paso de Jama os postos estavam fechados.

Depois do lanche tocamos direto para Salta,e novamente verifiquei que o rendimento da moto estava acima do normal. Vou confirmar no próximo abastecimento.

Chegamos em Salta e fomos direto a estação de trem, para reservar o bilhete para a viagem do "tren de la Nubes" no sábado. Ele sai as 07:15 e retorna as 23:30, indo a 4200 metros de altitude. O ingresso custa 950 pesos.

Segundo informação, Salta está com eventos até o final de semana, o que faz com que os hotéis estejam lotados. Fomos até o Ministério de Turismo, onde fomos muito bem atendidos e localizaram depois de diversas tentativas um hotel para nós. O hotel El Refugio del Chuña, com quarto duplo a 250 pesos com café, e internet. As motos ficaram em estacionamento na frente. Hotel estilo hostal, muito simples, mas com a vantagem de que está a 4 quadras da estação do trem, o que vai facilitar no sábado.

Depois de deixarmos as bagagens, saímos para subir o Cerro San Bernardo, onde tem o teleférico e uma bela vista da cidade.

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No retorno do cerro San Bernardo, passamos na central de artesanato, basicamente para conhecer, pois não temos lugar para um ôvo que seja.

O Paulo queria fazer um lanche a noite, mas o convenci a ir jantar. Eu optei por um assado de tira com "ensalada" mista, e ele por um nhoqui com molho de tomate. Para acompanhar, coca-cola.

Na ida passamos pela Jefatura de Policia de Salta, que ocupa um quarteirão inteiro.

Km do Dia: 220 Km
Km total:   2342 Km